O Ministério Público de Contas do Estado de Santa Catarina (MPC/SC) lamenta, com pesar, o falecimento do conselheiro aposentado e ex-presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC), José Carlos Pacheco, aos 84 anos, ocorrido nesta sexta-feira (5/7), em Florianópolis.
“Lamentamos profundamente o falecimento do conselheiro José Carlos Pacheco. Sua trajetória de vida deixa um legado de importantes iniciativas voltadas ao fortalecimento do controle externo e ao aprimoramento da gestão pública em Santa Catarina. Nossas sinceras condolências à família e amigos neste momento difícil”, manifestaram o procurador-geral do MPC/SC, Diogo Roberto Ringenberg, a procuradora-geral adjunta, Cibelly Farias, e o procurador Sérgio Ramos Filho.
“Ele nos deixa a herança de um legado marcado pela honorabilidade, pelo trabalho exemplar e pelo permanente comprometimento com a causa pública”, expressou o presidente do TCE/SC, conselheiro Herneus De Nadal.
“Sua trajetória será, sempre, motivo de inspiração para todos nós”, enfatizou o presidente, ao transmitir, à família e aos amigos, solidariedade, em nome de todos os integrantes do Tribunal de Contas. “Compartilho da dor dos amigos e dos familiares neste momento de pesar. Seu legado é uma fonte de inspiração para todos nós”, manifestou o vice-presidente, conselheiro José Nei Ascari.
“Após oito anos como conselheiro, sendo que por dois biênios como presidente da Corte de Contas, com sua aposentadoria compulsória, em 2010, Pacheco oportunizou-me assumir a vaga de conselheiro que até então ocupava. Além de ter sido um homem comprometido com o aperfeiçoamento do serviço público, sua vida foi marcada pelo grande envolvimento com causas sociais”, recordou o corregedor-geral do TCE/SC, Adircélio de Moraes Ferreira Júnior.
Trajetória no TCE/SC
José Carlos Pacheco ingressou no TCE/SC em 1974, como auditor substituto de conselheiro, função exercida até 2002, quando assumiu o cargo de conselheiro, em 23 de julho — ele foi o primeiro a ser nomeado para a única vaga reservada constitucionalmente aos auditores substitutos de conselheiro.
No período em que esteve no Tribunal de Contas, foi presidente (de 1º de setembro a 12 de setembro de 2005 e de 1º de fevereiro de 2007 a 17 de março de 2010), vice-presidente (no biênio 2005-2007) e supervisor do Instituto de Contas (no biênio 2003-2005). Aposentou-se em 29 de março de 2010.
Sua vida
Nascido em Pelotas (RS), em 31 de março de 1940, José Carlos Pacheco mudou-se para Laguna (SC) aos dois anos de idade. Filho de Helma Krüger e Cideny Pacheco, foi casado com Darci Fernandes, com quem teve três filhos: Francisco, Luiz Fernando e Ana Cristina.
Em 1972, formou-se em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Entre as atividades desempenhadas, foi assessor do Plano de Metas do Governo do Estado (1964 a 1971) e secretário particular do governador Colombo Salles (1971 a 1975). Entre os títulos honoríficos, recebeu a Medalha do Mérito Anita Garibaldi e os títulos de cidadão lagunense e florianopolitano.
No âmbito da Maçonaria Catarinense, foi Grão-Mestre por duas vezes (1990 e 1993); fundador e presidente da Confederação Maçônica do Brasil (1997) e da Associação Brasileira da Imprensa Maçônica (1995 e 1997); fundador e Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho de Santa Catarina; membro efetivo da Academia Catarinense Maçônica de Letras; membro correspondente da Academia Brasileira Maçônica de Letras e da Loja de Pesquisas do Brasil, em Londrina (PR); membro honorário da Academia Maçônica de Letras de Pernambuco; membro fundador da Academia Paranaense de Letras Maçônicas; e membro fundador da Academia Maçônica de Artes, Ciências e Letras. Em 16 de novembro de 2005, foi homenageado com o Título de Benemérito da Maçonaria Catarinense.
José Carlos Pacheco também foi 1º vice-provedor da Irmandade do Senhor Jesus dos Passos, mantenedora do Hospital de Caridade; e membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (desde dezembro de 2006).