O Procurador de Contas Diogo Ringenberg integrou a mesa na audiência pública que debateu as obras paradas em Santa Catarina, nesta segunda-feira, dia 7, na Assembleia Legislativa (ALESC). Contratos mal feitos, falta de planejamento adequado e falhas na fiscalização estão entre os problemas apontados pelo Procurador.
Diogo defende que nenhuma nova obra seja iniciada até que as paradas sejam retomadas e que se garanta a manutenção do que já foi feito. “Temos que ter os pés no chão, acabar com essa imagem de que em Santa Catarina tudo é bom. Há muita coisa errada, nosso saneamento é péssimo. Temos políticos ruins e há muito desperdício público. Temos que ter maturidade para gerir as expectativas e as demandas. A ponte Hercílio Luz, por exemplo, é uma obra que vai custar três vezes a mais do que uma ponte nova com dobro de capacidade cada uma e vamos receber uma ponte com a metade da capacidade inicial. Esse é o custo de obra parada para a sociedade”, criticou.
Para o procurador, a Assembleia Legislativa tem que assumir o protagonismo e criar um mecanismo para monitorar todas as obras no estado. “O problema não é falta de leis ou de dinheiro e sim de planejamento e de gestão, como foi destacado aqui. Temos que nos concentrar em concluir as obras iniciadas, investir em manutenção e só depois pensar em novas obras.”
De acordo com o controlador-geral do Estado, Luiz Felipe Ferreira, as obras paradas há mais de 90 dias em Santa Catarina chegam a 142 e os valores ultrapassam os R$ 30 bilhões em contratos.
Para tentar resolver o problema, a Alesc vai criar uma comissão envolvendo representantes da iniciativa privada, órgãos fiscalizadores e governo estadual para analisar, de quatro em quatro meses, o andamento de obras paralisadas no Estado.